Indispensável no preparo de pães, bolos e massas, em geral, a farinha vem ganhando destaque no equilíbrio da dieta. O alimento, obtido pela moagem da parte comestível de vegetais e/ou frutas, atua na prevenção de diversas doenças e ainda fornece vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do organismo.
Os tipos variam desde as versões tradicionais, como a de trigo, até outras menos conhecidas, como a de maracujá e a de arroz. Conheça os benefícios dos diferentes tipos de farinha:
Farinha de trigo
A farinha de trigo branca é fonte de carboidratos e, se o farelo (estrutura que recobre a semente) não for desprezado no preparo, também de vitaminas do complexo B, zinco e potássio. Essas vitaminas dão energia e vitalidade ao sistema nervoso central, enquanto que o zinco fortalece o sistema imunológico e o potássio auxilia na hidratação dos tecidos do corpo. É recomendável que seja dada prioridade à versão integral, mais saudável e grande fonte de fibras. É bom lembrar que a farinha de trigo branca deve ser evitada por pessoas com doença celíaca ou intolerantes ao glúten.
Farinha de milho
Essa farinha tem algumas vantagens em relação à de trigo, porque preserva uma série de nutrientes importantes que a de trigo dispensa. O principal deles são as fibras, que ajudam o organismo a eliminar toxinas e manter a taxa de colesterol em níveis adequados. O milho também é fonte de vitamina A, essencial para a visão e para a diferenciação dos tecidos. Além disso, essa farinha tem a vantagem de não conter glúten, o que libera seu consumo mesmo por pessoas em dietas restritivas.
Farinha de mandioca
Constitui um dos principais produtos da mandioca, e seu uso é muito difundido em todo o país, fazendo parte da refeição diária de muitos brasileiros. É consumida principalmente como farofa. É um alimento rico em carboidratos e fibras e, quando integral, contém um pouco de proteína, cálcio, fósforo, sódio e potássio.
Farinha de berinjela
Altamente rica em fibras, auxilia no trânsito intestinal, reduz a absorção de gordura, promove a sensação de saciedade e até auxilia no funcionamento dos rins. Vale lembrar, entretanto, que manter uma boa hidratação é fundamental para aproveitar todos esses benefícios. O alimento ainda conta com as vitaminas A e C, com ação antioxidante, ou seja, que combate radicais livres, substâncias responsáveis pela degeneração das células.
Farinha de centeio
Possui elementos que retardam a digestão e diminuem a conversão de açúcar em gorduras. Além disso, contém menor teor de glúten se comparada à farinha de trigo integral. Ainda é fonte de carboidratos complexos, que fornecem energia; aminoácidos essenciais, que auxiliam na construção muscular; e minerais, como potássio, importantes para o bom funcionamento do organismo. E tem mais: é fonte do ácido fólico, essencial para a manutenção do sistema nervoso central e na formação dos glóbulos vermelhos.
Farinha de cevada
A cevada contém fibras que ajudam a regularizar o intestino, diminuir o nível de colesterol e equilibrar a glicemia. Também é rica em proteínas, carboidratos e vitaminas do complexo B. O selênio, presente em sua composição, atua como antioxidante, combatendo radicais livres, e o magnésio promove o relaxamento muscular. Outra informação importante é que, embora a cevada seja da família do trigo e possa ser usada em quase todas as receitas que incluem farinha de trigo, como pães e massas, ela nem sempre desperta sensibilidade de pessoas intolerantes ao trigo.
Farinha de aveia
Fonte de fibras solúveis, a aveia contém alto teor de beta-glucana, que auxilia na diminuição dos níveis de colesterol no sangue. Age como uma pequena esponja que absorve a gordura, ajudando na redução das taxas de colesterol e na prevenção de doenças cardiovasculares. Ainda é rica em proteínas, vitaminas e mineiras, como ferro, cálcio e magnésio. Outro benefício do alimento é o fato de colaborar com o controle do peso, uma vez que suas fibras retardam o esvaziamento gástrico e prolongam a sensação de saciedade, afastando a fome.
Farinha de banana verde
É uma das mais estudadas e utilizadas atualmente. Apresenta um tipo de amido que serve como “alimento” para bactérias benéficas do intestino, produtoras de substâncias que auxiliam na prevenção de doenças inflamatórias intestinais, na manutenção da mucosa intestinal e contribuem com o aumento do bolo fecal, reduzindo o risco de câncer de cólon. O alimento ainda pode ser um grande aliado para mulheres vítimas da tensão pré-menstrual (TPM) - a banana é fonte de magnésio, que diminui as dores causadas pelas contrações geradoras das cólicas e está relacionado à produção de dopamina, que traz bem-estar.
Farinha de maracujá
É fonte de diversas vitaminas e minerais. Uma delas é a niacina (vitamina B3), que atua na produção de hormônios, melhorando os sintomas da ansiedade e protegendo as paredes do estômago. Também estão presentes no alimento o ferro, que combate a anemia, o cálcio que favorece a contração muscular e o fósforo, que fortalece os ossos e atua na manutenção da memória. Esta farinha também é rica em uma fibra solúvel chamada pectina, que prolonga a sensação de saciedade e ajuda no controle dos níveis de açúcar no sangue.
Farinha de arroz
Como é feita pela simples moagem dos grãos, sem qualquer processo químico envolvido, ela preserva as mesmas características nutricionais do arroz polido (branco). Assim, além do amido, que corresponde a cerca de 90% da matéria seca do arroz, esta farinha não contém glúten e auxilia na prevenção de doenças do aparelho digestivo, do coração e no controle do diabetes, já que possui índice glicêmico baixíssimo. Também reduz a absorção de óleos vegetais dos alimentos, tornando-os menos calóricos.