sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Matéria Especial - Queijos (parte 2)

Gregos
FETA
Este queijo, que faz parte da alimentação diária do povo grego, é feito misturando-se leite de cabra e de ovelha. Tem um gosto excepcional, uma bonita cor branca e baixos níveis de gordura. Em seu processo de fabricação, o queijo é colocado em recipientes de madeira ou plástico para maturar. A maturação se dá em duas fases. Primeiro o queijo tem que ficar 15 dias sob condições de temperatura e umidade controladas. Na segunda fase o queijo é colocado em refrigeradores com uma temperatura estável e fica por lá mais de 30 dias. O uso de conservantes não é permitido na produção deste queijo. A sua origem remonta às mitológicas ilhas gregas. Pertencendo ao grupo de queijos frescos, esmaga-se facilmente, sendo assim muitas vezes usado em saladas. A partir de 2005 o feta passou a ser uma denominação de origem controlada na União Européia, e definido como tendo pelo menos 70% de leite de ovelha, com o restante de cabra.
Dicas para servir: Ótimo nas saladas de verão, especialmente as que levam tomate, pepino e cebola, além de entradas de frutos do mar. Também pode ser utilizado para fazer empadas, tortas e outros alimentos assados, em especial aqueles com massas folhadas. Acompanha muito bem vinhos brancos semi-seco.
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Portugueses
AZEITÃO
Queijo pequeno e cremoso, com alto teor de umidade, produzido com leite de ovelha.É um queijo de pasta mole, com alguns olhos, de cor amarelo-ráfia, muito amanteigado, de sabor e aroma semelhante ao queijo da Serra, embora seja um pouco mais ácido.
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QUEIJO DA SERRA
Produzido na região da Serra da Estrela, é um queijo tipo Brie, elaborado com leite de ovelha, de consistência suave e sabor delicado. Possui alto teor de umidade. O seu atual processo de fabricação ainda está ligado aos métodos antigos.
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SERPA
Produzido em Alentejo, com leite de ovelha, este tio de queijo possui aroma e sabor rico. Quando está fresco é muito gorduroso. Após dois anos, conservado em ambiente fresco, torna-se rijo e seco. O Serpa é obtido pelo esgotamento lento da coalhada após a coagulação do leite cru de ovelha. Os queijos são guardados, pelo menos, durante um mês nas “Rouparias” (Queijarias) em ambiente fresco e úmido até atingirem o ponto certo de maturação.
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Ingleses
CHEDDAR

Este tipo de queijo, muito popular em países de língua inglesa, como Estados Unidos, Canadá e Austrália, além é claro da Inglaterra, tem típica coloração amarelo alaranjado, consistência fina, quase pastosa quando prensado entre os dedos, e sabor ligeiramente ácido ou cítrico. O tradicional é duro, prensado, tem formato de tambor, e é amarrado com uma bandagem para garantir casca boa e dura, de cor marrom acinzentada. Seu interior é amarelo-ouro, que escurece de acordo com o envelhecimento do queijo. O sabor começa suave, com toque de nozes, geralmente com leve traço de sal. Quando envelhece, o sabor de nozes fica mais forte e ganha uma picante acidez. Feito de leite de vaca contém aproximadamente 48% de gordura. Em razão de sua facilidade de derretimento e sabor, que se intensifica com a maturação, é usado em molhos, carnes, saladas e sanduíches. Essa versatilidade é um dos maiores benefícios para as redes de alimentação rápida. No Brasil é mais encontrado sob a forma de queijo processado fundido (feito a partir de queijo cheddar) em fatias prontas para o consumo. Outra versão do queijo cheddar comercializada no Brasil é o queijo Colby.
Dicas para servir: ideal para compor aperitivos, tábuas de queijo, sanduíches, sopas e saladas. Pode ser utilizado também como acompanhamento de bolachas de aveia ou trigo, maçã, fatias de pêra, uvas, tomates, pães e carnes.
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COTTAGE
Consiste basicamente em grãos da coalhada, imersos em uma mistura de creme e sal. Seu sabor é ligeiramente ácido e salgado. Em geral são apresentados em potes plásticos e duram de 2 a 3 semanas sob refrigeração. É um produto de baixíssimo valor energético (quando comparado aos demais queijos light), com aproximadamente 74 Kcal por cada 100g de produto, além de ser rico em proteínas e cálcio. Seu consumo no Brasil tem crescido a cada dia, seja pelos adeptos de dietas, quanto por aqueles que priorizam uma alimentação saudável e nutricionalmente balanceada.
Dicas para servir: puro ou acompanhando frutas e saladas, onde são indicados em dietas de baixas calorias. Pode também ser utilizado para acrescentar sabor a pratos doces e salgados, como cremes e patês, pizzas e saladas, entre outros.
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AMERICANOS
CREAM CHEESE
Trata-se de um queijo de consistência pastosa, mas firme, sabor suave, e com alto teor de creme de leite, que se obtém através da centrifugação da coalhada. Pode ser natural ou adicionado de sabores.
Dicas para servir: ideal para uso em sanduíches, patês ou para a produção do Cheese Cake.
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COLBY
Produzido pela primeira vez na cidade de Township de Colby, Condado de Clark, estado americano do Wisconsin, este queijo é um primo do Cheddar, porém, mais doce e menos saboroso. É um queijo de cura lavada (os coalhos são enxaguados completamente para remover o excesso de soro e a lactose perdida), que pode ser digerido mais facilmente que outros.
Dicas para servir: Ótimo acompanhamento para maçãs e peras, pães de centeio, ou para ser consumido com hambúrgueres, fajitas, e até com pimenta-malagueta. Ideal para acompanhar vinhos tintos (Merlot e Cabernet Sauvignon) e brancos (Chardonnay e Riesling).
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Dinamarqueses
DAMBO

Desfruta de um grande mercado em vários países da América do Sul, em particular, no Chile, onde existem muitas fábricas que produzem o Dambo. Sua principal característica é o sabor suave e doce, devido ao curto período de maturação. Geralmente é oferecido ao mercado em três tipos: “magro” (mínimo de 30% de gordura no extrato seco) “de mesa” (34% de gordura no extrato seco) e “cremoso” (superiora 45% de gordura no extrato seco).
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DANABLU
Um queijo produzido com leite de vaca integral e reforçado de creme que, submetido à fabricação a frio e seguindo um processo idêntico ao do gorgonzola, oferece uma massa florida (penicillium roquefortii), úmida e untuosa. Seu sabor é intenso e ao mesmo tempo delicado, com um aroma pouco pronunciado.
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Russos
ESTEPE
Originário das estepes russas, este queijo é fabricado a partir do leite filtrado, pasteurizado, de massa semi-cozida, prensado, salgado e maturado. Sua forma é retangular, com ângulos vivos, pesando entre 5,5 a 6,5 kg. Sua crosta espessa, lisa e suavemente amarelada, é revestida de parafina ou película impermeável. A cor, o cheiro, o sabor e a textura são semelhantes as do queijo tipo Prato.
Dicas para servir: puro ou em molhos 4 queijos. Por ter uma textura adequada ao fatio, serve para compor sanduíches e aperitivos.
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Alemães
TILSIT
Originário da cidade prussiana de Tilsit, este queijo possui algumas similaridades com os queijos holandeses semi-duros e de massa lavada, introduzidos por imigrantes no século XIX. Com um sabor amanteigado, é um queijo suave, e apresenta o sabor das sementes de “Kümmel” (erva doce) que são adicionadas a sua massa.
Dicas para servir: ideal para aperitivos e tábuas de queijos.
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Brasileiros
PRATO
É, sem dúvida nenhuma, um dos queijos mais populares do Brasil. Foi introduzido na década de 20, na região do sul de Minas Gerais por imigrantes dinamarqueses. As origens do queijo remontam, portanto, aos queijos Dambo e Tybo (dinamarqueses) e Gouda (holandês). No Brasil sua tecnologia foi adaptada às condições locais, o que explica as diferenças de sabor e textura observadas em relação aos queijos que lhe deram origem. Enquanto aqueles se apresentam sempre com textura mais aberta, com olhaduras regulares e pequenas, o Prato pode ser encontrado tanto com olhaduras regulares ou irregulares como também completamente fechado. O queijo prato é fabricado por coagulação enzimática, adicionado de uma pequena quantidade de corante visando dar o tom amarelado característico. É de massa semi-cozida e apresenta-se moldado na forma de paralelepípedo (constituindo a variedade Lanche) ou na forma de cilindro (variedade Cobocó). Apresenta sabor suave, menos ácido que o queijo minas, e cremoso.
Dicas para servir: largamente utilizado para o consumo indireto, em sanduíches, saladas e aperitivos.
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COALHO
Também conhecido como queijo de coalho, trata-se de um produto de origem e tradição do nordeste brasileiro. Antigamente era fabricado em fazendas distantes dos centros de consumo, utilizando para coagulação estômago seco e salgado de pequenos ruminantes. Queijo branco com sabor levemente ácido, sua principal característica, que o faz tão apreciado em todo país, está no fato de ser um queijo que quando assado não derrete, ficando tostado.
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MINAS FRESCAL
Um dos queijos mais populares do Brasil tem alto teor de umidade, massa branca, consistência mole, textura fechada com algumas olhaduras irregulares e sabor que varia de suave a levemente ácido. É obtido da simples coagulação do leite com ácido láctico ou fermento. Sua produção é disseminada e por isso tem considerável variação no padrão. Tradicionalmente é comercializado em formas de meio quilo. É um queijo fresco, sem nenhuma maturação e apresenta uma validade curta (até 20 dias). É também conhecido como queijo branco, queijo Minas ou simplesmente frescal. Hoje, métodos mais modernos de produção preparam o queijo através da ultra-filtração, processo que confere à massa uma textura mais sólida e fechada e uma validade maior, além de um padrão uniforme de sabor.
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MINAS PADRÃO
Trata-se provavelmente de um dos queijos brasileiros mais antigos. Estima-se que sua fabricação foi iniciada no século XIX, no estado de Minas Gerais, por colonos espanhóis e portugueses. É um queijo macio, porém mais seco e firme, de coloração interna branco-creme e casca fina amarelada, formada nos primeiros 10 dias de maturação. Apresenta um sabor pronunciado, ligeiramente ácido com algumas olhaduras irregulares. Seu formato é cilíndrico e seu peso varia entre 800g a 1,2 quilos. É também conhecido como Minas Curado ou Minas Prensado.Dicas para servir: cortado em cubos e temperado com orégano e azeite de oliva. Ou também em cubos com azeitonas e salsichas. Pode ser fatiado e colocado em sanduíches, em pedaços para sopas e risotos, e ralado grosso para macarronada. Acompanha muito bem vinhos brancos suaves.
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REINO
Supostamente este tipo de queijo tenha se originado no queijo edam holandês, que era importado do reino de Portugal para o Brasil. É um queijo firme, bem mais seco e de sabor acentuado. Durante sua maturação deve ser virado constantemente e a casca deve ser tratada com salmoura durante 2 a 3 semanas. Em geral é produzido em formas cilíndricas de 1,5 kg e embalado na tradicional lata metálica, da mesma forma em que atravessavam o oceano em navios.
Dicas para servir: puro, em sanduíches ou em receitas culinárias, especialmente no Nordeste e no Rio de Janeiro, onde seu consumo cresce nas festas de São João e no Natal. É também um bom acompanhamento para frutas como uvas e pêssegos.
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REQUEIJÃO
É fabricado a partir de leite desnatado cru ou pasteurizado com ou sem adição de cultura lática (fermentação natural), com adição de ácidos orgânicos ou por coagulação enzimática. À massa da coalhada são acrescentados creme de leite, água e sais. Pode se apresentar de duas formas: cremoso ou de corte. São envasados ainda a quente. Tem coloração branca e sabor suave e lácteo. O tradicional Catupiry é uma forma de requeijão (Marca) e as versões cremosas em copo, são muito populares no Brasil.
Dicas para servir: utilizado para passar em pães, torradas e bolachas ou em aplicações culinárias.
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2 comentários:

  1. O que eu tenho não é exatamente um comentário, mas sim uma pergunta. É o seguinte: os queijos coalho, frescal e minas padrão podem ser utilizados em dietas, ou somente o frescal? É que na minha região não se encontra o frescal com facilidade, ao passo que o coalho e o minas padrão sim.

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  2. De preferencia entao ao queijo cottage, e ricota.
    Queijo coalho e minas padrao contem mais gordura que o minas frescal.

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